terça-feira, 24 de novembro de 2009



Salto alto: conflito entre estética, sedução e saúde...


São Paulo, 29 (AE) - Quando está sobre os saltos dos sapatos, Ana Paula Saad se sente poderosa. "A mulher de salto fica mais elegante, com postura. A gente se sente mais segura", diz a atriz de 30 anos, que garante: "Posso sair de casa sem maquiagem, mas sem salto, não dá". Mas o aliado das baixinhas cobra seu preço. No melhor da festa, no momento em que Ana Paula se sente mais deslumbrante do que nunca, surgem as dores: na sola do pé, nos joelhos e nas costas, pouco acima do bumbum. A verdade - comprovada cientificamente - é que esse acessório feminino faz um mal imenso à saúde delas.

A evidência mais recente é o trabalho da fisioterapeuta Patrícia Pezzan. A dissertação de mestrado dela, defendida no fim de agosto na Universidade de São Paulo (USP), mostrou que o uso do salto Anabella - que acompanha toda a sola do calçado, considerado menos pior - também prejudica a postura das mulheres se for usado desde a puberdade.

"Na adolescência, o corpo está sendo estruturado", explica a fisioterapeuta. "Se, nesse período, a pessoa sofre muitas intervenções negativas, imagina como ela estará quando se tornar adulta?" Entre os vários problemas, o salto altera a forma de caminhar, o que leva a problemas musculares.

A fisioterapeuta, ligada à Pontificie Universidade Católica (PUC) de Poços de Caldas (MG), explica que esse tipo de sapato provoca o desequilíbrio: o tempo de contato dos pés com o chão fica diminuído. Ou seja, mal pisa, a mulher já tira o pé do chão, acelerando a caminhada. O processo altera o impulso do pé, o que sobrecarrega os músculos das pernas.

Ana Paula sabe como isso funciona. "Tem de saber andar sobre saltos", diz a atriz, que aprendeu como fazer no curso de manequim. "Eu andava errado e quem não sabe pode dobrar o joelho ou machucar o tornozelo."

Segundo Patrícia, os problemas aparecem quanto mais cedo e quanto maior o período em pé ou caminhando sobre saltos altos. Não há um tempo ideal de uso, que varia conforme os hábitos da mulher.

Mas a fisioterapeuta diz que passar pelo menos três dias da semana em pé ou sem movimento por pelo menos quatro horas já pode provocar os sintomas. "Quem trabalha de pé ou anda muito pode se prejudicar se usar salto todos os dias."

Ana Paula usa saltos desde os 15 anos. Gosta de todos os tipos. "Mas quanto mais alto, melhor." E as dores? "Na hora de calçar o sapato, não pensamos na dor", diz, assumindo o papel de porta-voz das mulheres. "A gente pensa na postura, no visual, em ficar sexy." E completa: "Dor, a mulher passa sempre: no parto, na depilação... não pensamos na dor. Pensamos na beleza".

O salto é popular até entre pessoas que tratam os problemas causados por eles. A ortopedista Cibele Réssio é fã incondicional dos sapatos de salto. "Graças a Deus, eles existem." Por dois motivos: parte de seu sucesso profissional vem das mulheres que, toda semana, a procuram para tratamento de joanetes. "Opero até seis mulheres por semana. É o meu ganha-pão no dia a dia", brinca.

E o outro motivo? Como muitas mulheres, é fã incondicional do salto. "Uso todos os dias e tenho 400 pares no armário." Usa tanto, que ela também teve de passar por cirurgia de joanetes. "A gente adora e os homens também. É um círculo vicioso, mas que ele destrói nossos pés, destrói."

Acessório é proibido para crianças
Semana passada, fez sucesso na internet a foto de Suri, filha dos atores Tom Cruise e Katie Holmes andando graciosamente em sapatinhos de salto alto. Sim, a menina de 3 anos está uma gracinha posando de adulta. Mas, não, não faça isso com sua filha. Os riscos de ela sofrer algum problema no futuro são muito grandes, a ponto de o mundo poder viver bem sem esse tipo de imagem, como a de Suri.

Se em adolescentes o uso constante do salto alto pode afetar a postura e provocar dores e deformações, em crianças o problema é ainda mais grave. "Antes da primeira menstruação, é proibido", diz a ortopedista da Unifesp Cibele Réssio.

Antes disso, o corpo está mais suscetível aos problemas causados pelo salto alto. "O esqueleto da criança ainda está em formação nessa fase e o salto aumenta e antecipa as deformidades", diz Cibele, que fez uma pesquisa mostrando que todo salto acima de 3 centímetros prejudica a mulher.

A fisioterapeuta Patrícia Pezzan diz que as meninas devem usar sapatos confortáveis e sem salto. "Se em adolescentes encontramos alterações, nas crianças, os problemas no joelho e nos pés serão muito mais intensos."

Os problemas
Aumento da lordose lombar (empinamento do bumbum)

O joelho valgo (muito próximos) e os pés afastados provocam o formato em X nas pernas

Sobrecarga nos joelhos

Torção no calcanhar

Sobrecarga no músculo das pernas

Joanetes

escrito por:Humberto Maia Junior

fonte:http://br.noticias.yahoo.com/s/29102009/25/entretenimento-salto-alto-conflito-estetica-seducao.html



** Cuidado Garotas, eles nos embelezam , mas também nos maltratam...

Beijo, Lalis :)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Conhecimento, sexo e distância de certos alimentos podem aliviar TPM

Cólica, inchaço, dor de cabeça ou nas pernas. Quem nunca sofreu as conseqüências de uma TPM que atire a primeira pedra. A tensão pré-menstrual, mais conhecida por sua sigla, causa transtornos a cerca de 80% das mulheres e, na maioria dos casos, também a quem convive com elas.
A TPM é até considerada frescura, e a má notícia é que não há cura para ela. Mas há, sim, maneiras de driblar essa síndrome, que pode se manifestar na forma de até 150 sintomas, entre cerca de dez dias antes da menstruação e o fim do sangramento.
A TPM chega sem avisar. Não há uma idade certa para ela aparecer. "Antes, falava-se que as mulheres afetadas tinham, principalmente, entre 20 e 30 anos ou simplesmente estavam em idade fértil. Hoje, sabemos que não é assim. Em minhas pesquisas, vi que 63% das jovens entre 15 e 17 anos sofrem com TPM", afirma a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo, da Faculdade de Medicina do ABC, que analisou em sua tese de doutorado as influências dos fatores individuais e socioculturais na TPM de adolescentes. Também não há uma única causa, mas um conjunto que faz com que mulheres sofram em níveis de intensidade diferentes.
De acordo com a ginecologista Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas, entre os fatores que provocam a TPM, cinco são fundamentais: a hereditariedade, a queda dos níveis de serotonina (substância que provoca a sensação de bem-estar), alterações hormonais, aumento na produção de prostaglandinas (substâncias que, quando produzidas em grande quantidade, podem provocar dor e inchaço) e fatores externos, como estresse ou uso de medicamentos.

O primeiro passo para atravessar bem esse período pode ser descobrir qual é o seu tipo predominante de TPM: ansiosa, louca por doces, depressiva ou inchada. Também é importante avaliar a intensidade para saber como deve ser o tratamento.
Em casos leves ou moderados, evitar determinados alimentos e fazer exercícios físicos pode ajudar. Caminhada, alongamento, natação, hidroginástica, ioga e dança são atividades que sempre ajudam a combater os sintomas. "É bom lembrarmos que o sexo também é muito saudável e recomendado, afinal, trata-se de um exercício físico. Além disso, no sexo feito com carinho, a mulher se sente amada, e isso ajuda a melhorar a TPM", afirma Mara Diegoli.
Algumas mulheres também tendem a ter muita fome durante o período, por isso, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Por mais difícil que seja, nada de sair comendo tudo o que vê pela frente. Você não vai querer ficar muito acima do peso e, de quebra, com sintomas depressivos. E nada de abusar do chocolate.

"Chocolate é rico em gordura, portanto, deve ser evitado, já que a gordura piora a TPM", alerta o ginecologista e obstetra Nilson Szylit, do Hospital Israelita Albert Einstein. Mas deixe de lado a paranóia: "Só um pouquinho não faz mal", diz ele.

As mulheres que conseguem amenizar os sintomas e passar bem pelo período da TPM mudando alguns hábitos são maioria. No entanto, entre 5% e 8% dos casos, sintomas são severos e interferem de forma decisiva em suas vidas, nos relacionamentos com a família, com os amigos e no trabalho. "Para o tratamento de mulheres que sofrem de TPM severa, muitas vezes, são receitados medicamentos de acordo com cada caso, desde analgésicos potentes para as cefaléias até antidepressivos para as que têm sintomas de tristeza profunda", afirma Mara Diegoli. Quando os sintomas psíquicos são muito intensos, nada mais recomendado do que ter cuidado com o que se fala e o que se faz. "Quem sofre com a síndrome deve lembrar que a TPM passa, mas as conseqüências podem durar a vida toda", diz a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo


Fonte:Folha de São Paulo on line






domingo, 8 de novembro de 2009

Sono de 'recuperação' não ameniza efeitos de noites sem dormir



A afirmação:uma pessoa pode "compensar" o sono atrasado dormindo até tarde nos finais de semana.


Os fatos: a privação crônica do sono é um fato para a maioria dos americanos. Porém, compensar o sono atrasado não é tão simples quanto dormir até tarde no sábado.


Em estudos realizados ao longo dos anos, cientistas descobriram que pode levar uma semana ou mais para que as consequências cognitivas ou fisiológicas das noites mal-dormidas apareçam – até mesmo depois que as horas de sono aumentam.

Em um estudo do Walter Reed Army Institute of Research realizado em 2003, por exemplo, cientistas examinaram os efeitos cognitivos de uma semana de noites mal-dormidas, seguidas de três dias de sono de pelo menos oito horas por noite.

Os cientistas descobriram que o sono de "recuperação" não reverteu completamente pioras no desempenho em um teste de tempos de reação e outras tarefas psicomotoras, especialmente no caso de participantes que tinham sido forçados a dormir apenas três ou quatro horas por noite.


Atraso

Em um estudo similar, realizado em 2008, cientistas do Karolinska Institute, em Estocolmo, descobriram que, quando os participantes dormiam quatro horas por noite em cinco dias, e depois "tiravam o atraso" com oito horas por noite na semana seguinte, eles ainda apresentavam leves deficiências cognitivas residuais uma semana depois, embora eles não relatassem sonolência alguma.

No entanto, em outro estudo, também do Walter Reed Army Institute of Research, cientistas descobriram que as pessoas se recuperavam muito mais rapidamente de uma semana mal-dormida quando ela era precedida por uma semana de "acumulação", que incluía dez horas de descanso.

Em outras palavras, se você sabe que tem pela frente uma semana de pouco sono, tente "adiantar" o sono antes, e não tentar recuperá-lo depois.


Conclusão: é necessário mais do que uma noite com horas a mais de sono para tirar o atraso de noites mal-dormidas.

Do 'New York Times'